quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Anne de Avonlea

Durante a leitura do livro "Anne de Avonlea" de Lucy Maud Montegomery, eu anotei alguns trechos que chamaram minha atenção. É possível discorrer durante horas sobre cada um dos trechos, mas por enquanto segue a transcrição.

Anne imaginava que seria muito bom um diretor de escola ou o Primeiro-Ministro canadense, curvando-se sobre sua mão enrugada em reverência e assegurando-lhe que havia sido ela quem despertara sua ambição e que todo o seu sucesso na vida fora devido às lições que ela lhe havia ensinado na escola de Avonlea, tanto tempo atrás.

Sempre lamento muito por crianças que não tiveram educação.

Se você entrar no quarto à meia-noite, trancar a porta, fechar a cortina e espirrar, no outro dia a senhora Lynde perguntará como está sua gripe!

As pessoas não gostam de ser melhoradas.

Acho que uma casa velha e deserta é uma visão tão triste. Sempre me passa a impressão de estar pensando sobre o passado e lamentando os saudosos momentos de alegria.

Ao vagar pelo reino da fantasia, ela deveria ir sozinha. O caminho até lá era uma senda encantada, onde nem mesmo seus entes mais queridos a acompanhariam.

Tal atitude quase acabou com o pouquinho de coragem que restava no coração de Anne. "Se ele já está zangado agora, imagine como vai ficar quando ouvir o que fiz".

O senhor não acha que deve ser muito desconfortável ser casada com um homem cuja primeira esposa era perfeita?

Este mundo é muito bom, apesar de tudo, não é, Marilla? - concluiu Anne, alegre. Outro dia, a senhora Lynde queixou-se de que não se pode esperar muito do mundo. Que sempre que se anseia por algo prazeroso o desapontamento era quase certo... Talvez seja verdade. Mas sempre há um lado bom. As coisas ruins tampouco fazem jus às expectativas e quase sempre acabam sendo muito melhores do que imaginávamos. 

Eu não acredito que uma professora deva ser severa. Ai, parece tanta responsabilidade!

Eu tentarei conquistar a afeição de meus pupilos, e então eles vão querer fazer o que e mandar.

- E se um menino lhe responder com atrevimento quando você der a ele alguma tarefa? 

- Eu o manterei na sala após a aula e conversei com bondade e firmeza com ele. Existe algo bom em cada pessoa, é só uma questão de saber encontrá-lo. E é dever de um professor descobri-lo e desenvolvê-lo.

Prefiro que meus alunos me amem e se lembrem de mim como alguém que realmente os ajudou a figurar o rol de honra.

Seus conselhos são como pimenta, eu acho...excelentes em pequenas quantidade, mas muito ardidos na dose que a senhora Lynde prefere.

Ela era um excelente alvo para provocações, pois sempre levava as coisas muito a sério.

- E se eu falhar? (dúvida de todo professor)

- Você dificilmente falhará por completo em um único dia, e muitos outros dias virão pela frente. Seu problema é que você espera ensinar tudo àquelas crianças e corrigir imediatamente todas as faltas delas; e, se não conseguir, com certeza pensará que falhou.

Olhou para os alunos, na esperança de não parecer tão assustada e tola quanto se sentia, e que eles não percebessem o quanto tremia.

A jovem estava exausta e inclinada a acreditar que jamais aprenderia a ensinar.

O desânimo e o cansaço deixaram seu espírito como se as palavras de Paul fossem mágicas, e a esperança irrompeu em seu coração como uma fonte dançante.

Sinto como se meus pensamentos tivessem sido chacoalhados até ficarem turvos e confusos.

A paciência e a gentileza certamente o conquistarão.

É melhor estar preparada para o pior.

Mas não devemos nos preparar para o melhor também? É tão provável de acontecer quanto o pior.

Ela diz que tem que ser justa antes de ser generosa. Mas a senhora Lynde diz que este "antes" é tão antes, que a generosidade nunca chega a tempo.

E aqui diz: "essência a gosto". O que isso quer dizer? Como posso saber? E se o meu gosto não for o gosto dos outros?

Minha aprovação não é tão profunda a ponto de chegar até meu bolso.

Só estava tentando escrever alguns dos meus pensamentos, como o Professor Hamilton me aconselhou, mas não consegui nada que me agradasse. Parecem tão tolos e sem vida quando postos em um papel branco com tinta preta! Fantasias são como sombras... Não se pode prendê-las, são instáveis e caprichosas. Mas talvez algum dia eu aprenda o segredo, se continuar tentando. Não tenho muito tempo livre, sabe? Quando termino de corrigir os exercícios dos alunos e as redações, nem sempre sinto vontade de escrever algo pessoal.

Eu gosto de superar dificuldades, e lecionar é um trabalho realmente interessante.

Já percebeu que, quando alguém diz que é seu dever contar-lhe alguma coisa, o melhor é se preparar para ouvir algo desagradável? Por que as pessoas nunca consideram ser um dever contar as coisas boas que ouvem sobre você?

Durante algum tempo eles conversaram sobre seus planos e sonhos... De forma séria, honesta e esperançosa, como os jovens adoram conversar, enquanto o futuro é um caminho ainda não trilhado e repleto de maravilhosas possibilidades. 

Eu gostaria de acrescentar alguma beleza à vida. Não desejo exatamente fazer as pessoas saberem mais, apesar de estar ciente de que estar ciente de que esta é a mais nobre das ambições... Mas eu adoraria que os outros tivessem momentos mais agradáveis graças a mim... e pequenas alegrias e pensamentos felizes, que nunca existiriam se eu não tivesse nascido.

É bom para as pessoas fazer coisas de que não gostam... com moderação.

Só quem não está mais vivo é que está livre de surpresas.

Anne era uma mocinha de alma muito bondosa, mas sabia destilar um pouco de veneno da ironia quando necessário.

Tudo o que é válido na vida dá algum trabalho.

Entretanto, na vida, assim como nos sonhos, as coisas frequentemente acabam acontecendo ao contrário.

Você só finge ser adulta! Acho que, quando está sozinha, você continua a mesma menininha que sempre foi.

Estou tão ocupada em lecionar, estudar e ajudar Marilla com os gêmeos, que não tenho tempo para imaginar coisas. Você não imagina as esplêndidas aventuras que tenho todas as noites, alguns instantes antes de ir para a cama, no meu quartinho.

O desejo mais singular foi o de Sally Bell. Ela queria uma "lua de mel". Perguntei se ela sabia o que isso significava, e ela respondeu que achava que era um tipo extraordinário de bicicleta, pois um primo de Montreal saiu de lua de mel quando se casou, e ele sempre tivera o último lançamento em bicicletas.

Constatei que lecionar tem seus deleites, assim como seus pesares.

Você leva as coisas muito a sério. Todos nós cometemos erros... Mas as pessoas os esquecem. E todo mundo tem dias de cão.

Quero que todos me amem, e me sinto tão magoada quando alguém não gosta de mim!

Este dia acabou e amanhã será um novo dia, ainda sem erros cometidos, como você mesma dizia!

Docinhos de ameixa não são remédio para um espírito enfermo.

Cada manhã é um novo começo, a cada manhã o mundo é recriado.

É tão fácil ser feliz em um dia como este, não é mesmo?

Eu desejaria que fosse sempre primavera, em todos os corações e em nossa vida.

São necessários todos os tipos de pessoas para formar o mundo, como ouço com frequência, mas acho que poderíamos dispensar alguns deles.

"Fracassar não é crime, mas sim ter pouca ambição" (Lowell). Devemos ter ideais e tratar de viver de acordo com eles, mesmo que nem sempre tenhamos êxito. A vida seria uma lástima sem eles. E, com eles, grande e magnífica. Mantenha-se firme em seus ideais.

Bem, todos nós cometemos erros, querida... então, deixe isso para lá. Devemos nos arrepender dos erros e aprender com eles, mas nunca carregá-los conosco para o futuro.

Talvez a universidade esteja logo depois da curva no caminho, mas eu ainda não cheguei lá. E eu não penso muito no assunto, para não ficar descontente.

Bem, eu adoraria que você fosse para a universidade, Anne. Mas, se você nunca for, não fique triste. Afinal, nós construímos nossa vida onde quer que estejamos... A universidade só nos ajuda a tornar as coisas mais fáceis. A vida pode ser ampla ou pequena, de acordo com o que colocamos nela, e não com o que obtemos. A vida é rica e plena aqui... E em qualquer outro lugar... Se soubermos abrir nosso coração para sua riqueza e plenitude.

Se pensarmos em algo que nos preocupa, devemos pensar também em algo agradável que possa nos compensar.

Uma desgraça nunca vem só.

Parece-me, Anne, que você nunca vai superar a mania de criar expectativas demais em seu coração, só para cair em desespero quando as coisas não saem do jeito esperado.

Quando penso que algo de bom vai acontecer, eu prontamente alço voo nas asas da antecipação; e, então, ao primeiro sinal, eu caio de volta na terra com um baque. Mas, de verdade, Marilla,  a parte do voo é gloriosa enquanto dura... É como voar até o pôr do sol. Acho que isso quase compensa o baque.

Não sabe que só as pessoas muito tolas falam sério o tempo todo?

Tão vasto é, com frequência, o abismo entre a teoria e a prática.

Tudo está bem quando acaba bem.

Creio que os dias melhores e mais doces não são aqueles em que acontece algo muito esplêndido, maravilhoso e empolgante, mas sim aqueles que trazem os pequenos e simples prazeres, um após o outro sem pressa, como pérolas soltando-se de um colar.

Eu sou boba... e fico envergonhada quando descobrem isso, mas nunca quando sou descoberta.

Viver de tal maneira a embelezar o seu nome, mesmo que este não fosse bonito a princípio... e fazê-lo destacar-se na memória das pessoas como algo adorável e agradável no qual jamais pensariam sozinhas!

Um coração partido na vida real não é tão terrível quanto nos livros. Parece muito com um dente cariado... Apesar de não ser uma comparação muito romântica. Tem períodos de dor e algumas noites insones de vez em quando, mas nos intervalos, você é capaz de desfrutar a vida, os sonhos, os ecos e um doce de amendoim, como se não houvesse nada de errado.

Vou fingir que não me importo. Sei que vai dizer algo consolador assim que eu parar de falar... Mas não fala isso. Se disser, vou chorar como um bebê.

Uma das coisas boas deste mundo... Podemos ter certeza de que sempre haverá outras primaveras.

As coisas que se pertencem sempre chegam juntas! Quantos problemas seriam evitados apenas se as pessoas soubessem disso. Mas não sabem... E assim, desperdiçam uma energia maravilhosa movendo céus e terras para tentar reunir coisas que não se pertencem. 

Talvez não tenha tido êxito em "inspirar" alguma maravilhosa ambição em seus pupilos, mas ensinou-lhes, mais por sua doce personalidade do que por todos os seus cuidados preceitos, que era bom e necessário aos anos que estavam à frente que vivessem de maneira gentil e graciosa, agindo na verdade, cortesia e gentileza, mantendo-se distantes de tudo que cheirasse à falsidade, maldade e vulgaridade. Talvez estivessem de todo inconscientes de terem aprendido tais lições, mas se lembrariam delas e as colocariam em prática até muito tempo depois de terem esquecido a capital do Afeganistão e as datas da Guerra das Rosas.

Um pouco tardio, talvez, como uma rosa que floresce em outubro, quando deveria ter desabrochado em junho; mas, ainda assim, era uma rosa, com toda doçura e fragrância, com o brilho do ouro em seu coração.

As mudanças não são totalmente agradáveis, mas são coisas excelentes.

Minha mente está muito feliz, mas meu coração está muito triste.

Neste mundo, temos que esperar pelo melhor, preparar-nos para o pior e aceitar o que Deus envia.

Atrás deles, no jardim, a casinha de pedra repousava entre as sombras. Solitária, mas não abandonada. Ainda não tinha terminado com sonhos, risos e alegria de viver; haveria futuros verões para a casinha de pedra. E, por enquanto, ela podia esperar. E, sobre o rio, em seu confinamento lilás, os ecos aguardavam sua hora.


#miesperanca


terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Caderno das recordações

 No vídeo a seguir apresento um caderno especial. 

Este caderno é um combustível de alegria e afirmação, é um recurso para renovar minha esperança.


#miesperanca

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Discurso da Malala nas Nações Unidas

 "Queridos irmãos e irmãs,
Lembrem-se de uma coisa: o Dia de Malala não é o meu dia.
Hoje é o dia de todas as mulheres, todos os meninos e todas as meninas que levantam a voz por seus direitos. Milhares de pessoas foram mortas por terroristas, e milhões ficaram feridas. Sou apenas uma delas.
Então aqui estou eu... uma menina entre tantas.
Falo não por mim, mas por todas as meninas e todos os meninos. 
Levanto a minha voz não para gritar, mas para que aqueles que não têm voz possam ser ouvidos.
Aqueles que lutam por seus direitos.
O direito de viver em paz.
O direito de ser tratado com dignidade.
O direito à igualdade de oportunidade.
O direito à educação.
No dia 9 de outubro de 2012, fui baleada pelo Talibã na têmpora esquerda. Eles atiraram em minhas amigas também. Acharam que as balas nos silenciariam. Mas falharam. E então, daquele silêncio, surgiram milhares de vozes. Os terroristas acharam que mudariam nossos objetivos e impediriam nossas ambições, mas nada mudou em minha vida além disto: a fraqueza, o medo e a desesperança morreram. A força, o poder e a coragem nasceram. Sou a mesma Malala. Minhas ambições são as mesmas. Minhas esperanças são as mesmas. Meus sonhos são os mesmos.
Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo."

domingo, 16 de agosto de 2020

Livros do Brennan Manning

O Brennan Manning foi um dos autores que mais impactaram a minha jornada cristã e de autoconhecimento.
Ele trata da fé com simplicidade e profundidade. Ele apresenta a graça sem mistérios, mas nem por isso menos reflexiva. 
A leitura dos livros do Brennan sempre me provocou curiosidade, busca e reconciliação. Os livros que já li são:
- O evangelho maltrapilho;
- Convite à loucura;
- Confiança cega;
- O impostor que vive em mim;
- Convite à solitude;
- O anseio furioso de Deus;
- A assinatura de Jesus;
- O obstinado amor de Deus;
- Colcha de retalhos;
- Deus o ama do jeito que você é;
- Meditações para maltrapilhos.

O Brennan já está com o Abba há alguns anos, mas seus registros permanecem marcando vidas.
#brennanmanning

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Meu pai

Meu pai é um pai comum e ao mesmo tempo exclusivo. É reservado e ao mesmo tempo o mais falador. É companheiro e ao mesmo tempo me disse várias vezes "vem sozinha!". É presente e ao mesmo tempo diante de algumas situações considero-o omisso. É amoroso e diante disso não há antônimos. Meu pai é amoroso e por isso ele sempre ganha todas as paradas porque ele é puro amor.

Meu pai me conta histórias... ele fala da oração que ele fez e do compromisso firmado pela fé para eu sair do hospital quando eu era ainda um bebê.

Meu pai me carregava literalmente pra cima e pra baixo, pois eu o acompanhava à construção da casa, às idas ao mecânico, à igreja. 

Meu pai me incentivou a ler e eu nunca me esqueço do que ele falava "podem roubar tudo de você, menos o seu conhecimento". Esforço-me para levar isso a sério até hoje e passar para minha descendência.

Meu pai acordava a gente em pleno domingo, sem dó e sem piedade, para irmos à Escola Bíblica Dominical. 

Eu amava quando meu pai orava pra gente repetir, nesses dias eu gostava porque eu não precisava gastar palavras com Deus... era só repetir!

Meu pai cantava para nós e a música mais marcante que ele cantava era do cantor Nicoleti "Deus fez tudo lindo" (Minha irmã fez um vídeo em homenagem ao meu pai e colocou essa música https://www.youtube.com/watch?v=wGvt2q9yrfE)

Lembro-me que na 4ª série a professora pediu para fazer um cartão do dia dos pais e eu copiei um trecho de um texto que era assim: "Pai, sem nenhuma medalha no peito você defende suas filhas, você é um campeão! É o meu herói!"

Na fase da adolescência, meu pai deu várias "lições de moral" que equivalia a surras de varinha. Ah! por falar em surras... foram poucas, mas foram inesquecíveis. Não nos esquecemos pela dor, mas por ele transparecer que doía mais nele do que em nós.

Meu pai já foi para lugares desconhecidos para ajudar o próximo. 

Meu pai já hospedou desconhecidos em casa também para ajudar o próximo.

Meu pai adesivou um carro para compartilhar a mensagem que ele acredita.

Meu pai não mediu esforços para oferecer o melhor, mesmo diante de tanta cobranças de nossa parte. Depois que eu li o livro "As cinco linguagens do amor" eu identifiquei que a linguagem de amor do meu pai é ATOS DE SERVIÇO. É assim que meu pai demonstra seu amor, nos servindo. 

Meu pai não nos elogiava na presença, mas sabemos que na ausência ele não poupava palavras para elogiar as filhas.

Meu pai fala bastante, mas nunca sobre suas próprias emoções. Ele não fala, mas ele chorou ao assistir a Maria Joaquina humilhando o Cirilo. 

Meu pai inventa músicas, mas só canta para os mais chegados e em momentos que ele está tão descontraído que nem ele percebe que é um baita cantor e compositor.

Ah! Meu pai, são tantas histórias, tantas lembranças! É bom saber que muitas histórias ainda estamos construindo.

Para finalizar, vou registrar o que o meu pai me disse no altar, no dia do meu casamento: "Missão cumprida". Confesso que parei por alguns segundos e rebubinei várias cenas na minha cabeça... só pensava na trilha sonora do filme "Missão impossível" hehehe

Hoje eu escrevo sobre o meu pai para expressar minha admiração e gratidão. 

Não conheço pessoa mais íntegra que meu pai.

#meupai






sexta-feira, 24 de julho de 2020

Bolo de coxinha

Uma criança que não gosta de doce, mas ama salgado - especialmente coxinha. Assim é o meu sobrinho. Eu sou tia coruja e sempre procurei criar boas memórias com meus sobrinhos. 
Aos 6 anos, ele curtia o Naruto. Eu pesquisei e me arrisquei fazendo uma fantasia com TNT. Então, mesmo morando longe, fiz o molde de cabeça, sem medidas, apenas pelas lembranças... funcionou!
No dia do aniversário, que era nas férias, meu sobrinho estava em minha casa e nós fomos celebrar seus 6 anos de idade num parque. Comprei um bolo. Tiramos várias fotos. Cantamos parabéns. Todos comeram bolo, ele não. Ele não gosta de doce. Eu tinha me esquecido de comprar coxinhas. Ele viu a gente comer e não tinha nada para ele. Naquele dia eu falei para mim mesma que faria um bolo de coxinha para ele. Só pensei. 
Nos aniversários seguintes, eu trouxe à memória o que tinha pensado, mas pelas ações corriqueiras da vida e por falta de habilidade na cozinha eu não consegui. 
Chega 2020 e com ele mais uma oportunidade de comemorar o níver do menino que não gosta de doce, mas ama coxinha. Devido à quarentena, a comemoração é por vídeo, mas a presença da tia ultrapassa a tela, porque finalmente eu consegui dar ao meu sobrinho o que sempre sonhei... um bolo de coxinha!
Eu entrei em contato com a @oficinadafestasp e falei qual era minha ideia do bolo de coxinha. Eles me ouviram e deram uma proposta bem melhor... (veja o 2º vídeo que você entenderá).  
O bolo ficou espetacular! Acredito que o bolo levou todo meu amor em forma de coxinha para o menino que mora nesse coração da tia.
Parabéns pelos 10 anos, Nícolas!


#bolodecoxinha


domingo, 5 de julho de 2020

Anne de Green Gables

Lembro-me da primeira vez que parei em frente à TV para assistir à série Anne com E.
Meu coração estava atolado em pensamentos sobre minha passagem neste mundo. 
Eu estava cheia de indagações internas que até hoje não consigo verbalizar.
Eu chorei muito e emendei um episódio no outro. 
Anos após, meu marido me presenteou com a coleção de livros. 
Li o primeiro livro e quero registrar alguns trechos, sobre os quais dedicarei (no futuro) um tempo para refletir e debruçar-me na escrita.

"É melhor imaginar algo que valha a pena".

"É encantador quando as coisas que você imagina se realizam, não é?"

"Como uma pessoa pode saber das coisas sem fazer perguntas?"

"Não é esplêndido pensar em todas as coisas que há por descobrir? Isso simplesmente me deixa feliz por estar viva... o mundo é interessante demais. E ele não seria tão interessante assim se já soubéssemos de tudo, não é mesmo? Não haveria escopo para a imaginação".

"É um alívio falar quando se tem vontade".

"Quando se tem ideias rebuscadas, é preciso usar palavras rebuscadas".

"Os sonhos raramente se realizam, não é mesmo?"

"O que o senhor preferiria ser se pudesse escolher: divinamente lindo, deslumbrantemente inteligente,  ou angelicalmente bondoso?"

"Era evidente que ela era capaz de ficar quieta com o mesmo afinco que era capaz de falar".

"Sempre lamento quando coisas agradáveis terminam. Pode até ser que em seguida venha algo mais agradável ainda, mas não dá para ter certeza. E com muita frequência, o que acontece em seguida não é mais agradável."

"Não é esplêndido que haja tantas coisas para se gostar neste mundo?"

"Estou nas profundezas do desespero".

"- Que bem ela nos faria?
  - Talvez nós façamos algum bem a ela".

"Não é uma coisa esplêndida o fato de que existam manhãs?"

"A pior parte da imaginação das coisas é que chega um momento em que você tem de parar de imaginar, e isso magoa."

"Estou muito feliz por esta manhã de sol. Mas também gosto muito de manhãs chuvosas. Todos os tipos de manhã são interessantes".

"É muito bom ler sobre tristezas e imaginar a si mesmo suportando-as heroicamente, mas não é tão bom quando de fato se passa por elas, não é mesmo?"

"De nada serve amar as coisas se você vai ter que se separar delas, não é mesmo?"

"Não há nada mais irritante do que um homem que não dialoga".

"Na minha experiência, você sempre consegue desfrutar das coisas se você decide com firmeza que isso vai acontecer. Obviamente, você tem de decidir isso com firmeza".

"Minha vida é um túmulo perfeito de esperanças enterradas".

"Receio que você tanto chora quanto ri com facilidade demais".

"Pedir desculpas e ser perdoado dá uma sensação agradável e cômoda, não é mesmo?"

"É adorável estar indo para casa e saber que se trata do seu lar".

"Agora, pare de fazer cara de 'eu te disse', Matthew. Essa cara já é ruim o bastante em mulheres, mas em homens é insuportável".

"Presumo que eu sobreviveria, mas estou certa de que seria tristeza para toda a vida".

"- Você idealiza demais as coisas. Receio que muitas decepções que aguardam ao longo da vida.
  - Oh, ansiar pelas coisas é metade do prazer proporcionado por elas. Você pode até não conseguir essas coisas, mas não pode lhe impedir de ter a diversão de ansiar por elas."

" 'Abençoados são aqueles que nada esperam, pois jamais se decepcionarão'. Mas, acho que seria pior não esperar por nada do que se decepcionar".

"Não é bom estar vivo em um dia como este?"

"Você não frequenta a escola para criticar o professor. Imagino que ele seja capaz de lhe ensinar alguma coisa, e é seu dever aprender".

"Quando as coisas começam a acontecer, elas tendem a continuar".

"Tenho que chorar. Estou com o coração partido".

"Minha coragem me escapa quando imagino o que estou enfrentando".

"Não dá para ficar triste muito tempo com um mundo tão interessante quanto este, não é?"

"Há muitas coisas neste mundo que não consigo entender direito".

"Está é a última esperança que resta e temo que seja em vão".

"Tem coisas que não dá para expressar em palavras".

"É óbvio que, quanto mais difícil for, mais satisfação se sente depois da conquista, não é mesmo?"

"Estou com vontade de rezar hoje à noite e vou inventar uma oração novinha em folha em homenagem a esta ocasião".

"- Não é bom pensar que amanhã é um novo dia, em que erros ainda não foram cometidos?
  - Não sei qual a vantagem disso, uma vez que você está sempre cometendo o mesmo erro duas vezes.
  - Oh, você não percebe, Marilla? Deve haver um limite para o número de erros que uma pessoa pode cometer, e depois que eu chegar ao fim dos meus, vou ter acabado com meus erros. Esse pensamento é muito reconfortante."

"Era uma jovem inteligente, solidária, com o afortunado dom de conquistar e manter o afeto de seus alunos, e de extrair deles o que neles havia de melhor em termos mentais e morais".

"Que teia embaraçada tecemos quando começamos a mentir".

"Sentimo-nos muito virtuosos quando perdoamos alguém, não é mesmo?"

"Às vezes é muito difícil acreditar em uma coisa mesmo que você a saiba".

"Não desista de todo o seu romantismo, Anne. Um pouco dele é uma boa coisa - não muito, é claro - mas preserve um pouquinho dele, Anne, preserve um pouquinho."

"É sempre errado fazer alguma coisa que você não pode contar para a esposa do pastor. Ter a esposa do pastor como amiga é como ter uma consciência adicional".

"Esta é a pior parte de crescer, e estou começando a me dar conta disso. As coisas que você queria muito quando criança não parecem tão maravilhosas assim que você as conquista".

"Pensei sobre isso depois que eu fui para a cama. Essa é a melhor hora para pensar sobre as coisas".

"É realmente maravilhoso, Marilla, o que somos capazes de fazer quando sinceramente ansiamos por agradar a uma determinada pessoa".

"O senhor Allan diz que todos devemos ter um propósito na vida, e que devemos buscá-lo fielmente. Somente temos de nos certificar antes de que se trata de um propósito nobre. Eu diria que querer ser uma professora como a senhorita Stacy é um propósito nobre, não é mesmo, Marilla? Acho que é uma profissão muito nobre".

"Não podemos querer que as coisas sejam perfeitas neste mundo imperfeito, como diz a senhora Lynde. A senhora Lynde às vezes não é uma pessoa exatamente consoladora, mas não há dúvidas que diz várias coisas que são muito verdadeiras".

"É melhor ter pensamentos lindos e queridos e guardá-los em seu coração, feito tesouros. Não gosto que riem e se espantem com meus pensamentos".

"De certo modo, é divertido ser quase adulta, mas não é o tipo de diversão que eu esperava".

"Jamais pensei que minhas redações tivessem tantos defeitos até que eu mesma comecei a procurar por eles".

"Bons conselhos são mais fáceis de dar do que de seguir, eu acho".

"O sol vai seguir nascendo e se pondo quer eu passe ou não na prova de geometria. Isso é verdade, mas não é exatamente consolador".

"Estou simplesmente deslumbrada por dentro. Quero dizer centenas de coisas, mas não consigo encontrar as palavras para dizê-las".

"As fileiras de senhoras de vestidos de noite, os rostos críticos, toda a atmosfera de riqueza e cultura em volta dela. Aquilo era muito diferente dos bancos simples do Clube de Oratória, repletos dos rostos solidários e familiares de amigos e vizinhos".

"- Acho que diamantes são capazes de consolar a pessoa por muito tempo.
  - Bem, não quero ser ninguém além de mim mesma, mesmo que eu tenha de viver sem o consolo dos diamantes".

"Não mudei nem um pouquinho, não de fato. Só fui podada e aparada. Meu verdadeiro eu - aqui no âmago - é exatamente o mesmo. Não vai fazer a menor diferença para onde vou ou quanto eu mude por fora: no fundo do coração, serei sempre a mesma".

"Ela é esperta e bonita, e carinhosa também, o que é melhor do que todo o resto. Ela tem sido uma bênção para nós, e nunca houve mal-entendido tão bem-afortunado quanto aquele praticado pela senhora Spencer - se é que de fato se tratou de sorte mesmo. Não acho que tenha sido. Foi a Providência, pois o Todo-Poderoso percebeu que precisávamos dela, eu acho".

"Marilla entregou-se ferozmente a tarefas domésticas desnecessárias e passou o dia todo assim, sentindo o tipo mais amargo de tristeza: a dor que queima e rói, e que não se lava com lágrimas rápidas".

"Não vou chorar. É bobagem... e fraqueza... lá se vai a terceira lágrima escorrendo pelo meu nariz. E tem mais delas vindo! Tenho que pensar em algo engraçado para fazê-las pararem de cair. Mas não há nada  de engraçado e isso só torna tudo pior... quatro... cinco... vou para casa na próxima sexta-feira, o que parece que será daqui a cem anos. Não consigo me alegrar... não quero me alegrar. É melhor ficar infeliz!"

"Não me importo de ser uma boba se tem outra pessoa meio boba também".

"Ela faz com que eu a ame, e goste de pessoas que fazem com que eu as ame. Isso me poupa o enorme trabalho de fazer a mim mesma amá-las".

" 'Alegria do conflito'. Tentar e conseguir é tão bom quanto tentar e fracassar".

"Ela havia encarado com coragem o seu dever, e encontrou nele um amigo: assim são sempre os deveres quando os enfrentamos com franqueza".

"Meu futuro parecia se estender diante de mim como uma estrada reta. E eu pensava que podia ver uma distância grande dessa estrada, muitos de seus marcos. Agora, surgiu uma curva nela. Não sei o que tem depois desta curva, mas vou crer que tem o que há de melhor. Essa curva tem um fascínio próprio. Pergunto-me como é a estrada depois dela... o que há de glórias verdes e de tênues acidentadas luzes e trevas... que paisagens novas... que belezas novas... e que curvas e ladeiras e vales há mais à frente". 

"Não gosto que se apiedem de mim, e não há necessidade disso".

"Querido e velho mundo, você é adorável demais e fico feliz de estar viva em você".

"Se o caminho diante dos pés dela seria estreito, ela sabia que flores de felicidade tranquila nasceriam ao longo dele. A alegria do trabalho honesto, das aspirações dignas e da amizade agradável seria dela; ninguém poderia lhe roubar seu direito inato à imaginação ou seu mundo idealizado de sonhos. E sempre havia curva na estrada!".

"Deus está em seu paraíso, e tudo corre bem no mundo".

#AnneComE
#AnneDeGreenGables

  
 



domingo, 28 de junho de 2020

O diário de Anne Frank

O diário de Anne Frank é arrebatador. É uma leitura que me transporta ao caos da guerra e ao mesmo tempo me faz indagações que exigem respostas complexas. 
Quem diria que o diário de uma adolescente causaria tanta reflexão?
Infelizmente, muitos descartam a contribuição dos adolescentes e com isso perdem a originalidade de uma visão pueril, profunda e instigadora sobre a vida. 
O adolescente é um ser humano que está em sua fase mais encantadora e terrível. Imagino, como deve ter sido para a Anne viver escondida e relutar consigo mesma em busca de expectativas diante das mazelas da existência humana.
Apesar de ser um diário de uma menina, o livro desperta em mim outros olhares, como o do pai, o da mãe e de todos os demais que estavam escondidos no "anexo secreto". Isso acontece porque o diário é realista em descrever todas as situações e as pessoas envolvidas.
Atualmente, estou relendo o livro e como adulta pergunto-me "como é para um pai comemorar o aniversário de sua filha, enquanto todos perseguem sua família?"
Há graça no livro da Anne, pois é possível ver esse próprio pai sendo capaz de presentear sua filha com um poema escrito por ele. 
Esse mesmo pai foi um sobrevivente da guerra. Ele encontrou "Kitty" - o diário de sua filha - e decidiu torná-lo público.
Quanta lição para todos nós, principalmente durante esse tempo em que estamos distantes fisicamente por causa do vírus Corona.
Há graça em todo tempo, basta a gente querer vivê-la. 
Minha frase preferida do livro continua sendo "O papel é mais paciente do que as pessoas".

#odiariodeannefrank

segunda-feira, 22 de junho de 2020

As cinco linguagens do amor dos solteiros

Eu sempre gostei de ler, mas tenho uma história curiosa sobre o durante de minha leitura do livro "As cinco linguagens do amor dos solteiros".
Antes de contar a história curiosa eu preciso escrever sobre as cinco linguagens do amor, que é o propósito deste post. 
O autor, Gary Chapman, foi muito abençoado em descrever as cinco linguagens do amor e ao mesmo tempo ele foi e continua sendo um abençoador. 
Do livro "AS CINCO LINGUAGENS DO AMOR" originam-se outros livros para públicos específicos, a saber:
- As cinco linguagens do amor das crianças;
- As cinco linguagens do amor dos adolescentes;
- As cinco linguagens do amor dos solteiros;
A mensagem principal dos livros é a mesma, mas há mudanças nas situações relatadas para se adequar à realidade do leitor.
O assunto das Cinco Linguagens de Amor é riquíssimo e dá para escrever vários posts, mas tratarei do básico.
As cinco linguagens do amor consistem em:
- Palavras de afirmação.
- Tempo de qualidade.
- Presentes.
- Toque físico.
- Atos de serviço.
No livro há testes para o leitor se autoavaliar. Meu resultado, ou seja, minha linguagem de amor foi "presente". Não se trata do preço do presente, mas sim do valor e significado do presente. Então, um grão de areia pode ter o mesmo valor que um carro presenteado. 
Ler o livro me faz entender que todos nós temos as cinco linguagens, no entanto uma delas se destaca. Por esse motivo é importante conhecer a sua linguagem de amor e a linguagem de amor das pessoas que convivem com você, dessa forma vocês terão êxitos na comunicação/relacionamento.

Agora, vou relatar minha história. 
Era 2004, eu estava na faculdade. Era sexta-feira à noite e chovia uma garoa fina em São Paulo.
De repente ouvimos um barulho. Um carro que passava pela Av. Interlagos bateu na traseira de outro carro. Todos os olhares curiosos foram até a janela da sala de aula e direcionados para o local do ocorrido. Depois da constatação, voltamos aos nossos lugares e à aula.
Depois de um tempo a aula acabou e nos despedimos com alegria e euforia porque o dia seguinte era sábado.
Minha carona de ir para casa, estudava no mesmo prédio e me avisou que o carro batido era do cantor Rinaldo (da dupla Rinaldo e Liriel - eles cantavam música lírica no programa Raul Gil).
Eu falei "sério?! e o que ele está fazendo por aqui?". Minha amiga me avisou que ele, quando pequeno frequentava a mesma igreja que a mãe dela, então provavelmente era comum ele passar pela Av. Interlagos.
Todavia, minha amiga me desafiou a pedir um autógrafo para ele. A princípio eu pensei que seria o maior mico pedir autógrafo no momento em que o cara está esperando o guincho... mas, só não cumpro desafio que comprometa minha vida eterna. De resto, eu topo os desafios (pelo menos em 2004 eu era assim).
Eu não pensei no Rinaldo, eu apenas pensei em mim. Confesso, que hoje sei o quanto fui inconveniente. O rapaz estava debaixo da chuva, com o carro batido e me vê toda empolgada com um livro na mão pedindo um autógrafo. Eu tinha deixado o material na mão da minha amiga e estava apenas com o livro que estava lendo na época "As cinco linguagens do amor para solteiros". Pedi para ele autografar meu livro, ele foi tão simpático. Eu também já cheguei me desculpando e saí me desculpando. Saí com o autógrafo no livro 😆
Hoje, eu me sinto envergonhada do que fiz, mas foi tão impulsivo que acho que faria do mesmo jeito se tivesse aquela idade, oportunidade e se fosse desafiada.
O melhor de tudo é que naquele tempo eu não tinha celular e muito menos uma câmera na mão... porque eu poderia ter pedido uma foto no lugar do autógrafo 😉
OBSERVAÇÃO: Eu sempre achei que livro bom é livro lido, então eu emprestei para alguém e nunca mais vi meu livro... nem meu autógrafo😕

#ascincolinguagensdoamor
#ascincolinguagensdoamordossolteiros

sábado, 20 de junho de 2020

Alma sobrevivente

Li o livro "Alma sobrevivente" em 2005. Comecei a ler porque queria conhecer as obras do autor Philip Yancey, ouvia elogios sobre o autor. Os elogios que ouvia se referenciavam ao despertar de olhar e não à concordância absoluta das ideias.
Quando tive a oportunidade de ler o título e subtítulo dessa obra, eu fiquei estupefata. Queria descobrir o porquê de eu me ver nesse título.

Ao longo do livro o autor discorre a cada capítulo sobre a vida de 13 pessoas. São elas:
- Martin Luther King Jr
- G. K. Chesterton
- Dr. Paul Brand
- Dr. Robert Coles
- Leon Tolstoi e Fyodor Dostoievski
- Mahatma Gandhi
- Dr. C. Everett Koop
- John Donne
- Annie Dillard
- Frederick Buechner
- Shusaku Endo
- Henri Nouwen
Essas pessoas marcaram a história com seus traços de fé que consistem do âmago e não de instituições.
O livro me provocou e diante da provocação eu fui resgatada de uma inércia espiritual.

Alguns pontos inesquecíveis que me motivaram a buscar novas leituras: 

- Conheci a humanidade/carnalidade/fé de Martin Luther King;

- Apaixonei-me pelas ações do Dr. Paul Brand e por causa disso eu li "A dádiva da dor";

- Mahatma Gandhi esta frase: "Apedrejar profetas e, mais tarde, levantar igrejas em sua memória tem sido a prática do mundo durante eras. Hoje, adoramos Cristo, mas o Cristo encarnado nós o crucificamos";

- G. K. Chesterton "Estamos todos no mesmo barco e devemos uns aos outros uma enorme cumplicidade";

- Henri Nouwen tem um livro que o título fala muito ao meu coração "Transforma meu pranto em dança".

O Yancey recomenda no epílogo que o leitor faça uma lista das pessoas que mudaram sua vida para melhor e procure descobrir por quê.

Li e recomendo: Alma sobrevivente #almasobrevivente


sábado, 13 de junho de 2020

13 de junho

Amo o dia 13 de junho, dia que o Senhor me apresentou ao mundo.
Ao longo dos anos fazer aniversário se tornou mais significativo. 





domingo, 31 de maio de 2020

Fim de maio

Debaixo do pé de araçá eu fico a pensar...
O mês de maio chegou ao fim. O mês de maio me fez refletir... 
No dia 15 de maio comemora-se o Dia Internacional da Família.
No dia 25 de maio comemora-se o Dia Nacional da Adoção.
O fim de maio me fez querer falar sobre o julgamento/preconceito velado que existe na sociedade. Talvez, isso ocorra por ignorância ou até mesmo arrogância. 
A família que recebe uma criança por adoção é família. 
A criança adotada se torna filho, um filho gerado num tempo indeterminado. 
Um casal quando decide adotar já fez a escolha, a escolha de serem pais. 
Ninguém nasce sabendo tudo, mas a gente deve viver aprendendo tudo.
Aprenda a tratar a família como família. 
Um filho é amado mesmo antes de nascer. 
Durante a gestação os pais amam seu filho mesmo sem o ver.
Eu pergunto "seria diferente na adoção?" 
Eu mesma respondo "Não, não é diferente".
Então...
Não trate com ignorância a família que nasceu de uma adoção. Na dúvida, use a regra de ouro "trate o outro como gostaria de ser tratado".
Não seja arrogante, TODO filho é legítimo. Os filhos chegam quando Deus quer e do jeitinho que ele desenhar para cada família.
Acima de tudo, está a Palavra que nos prova que somos filhos por adoção - como é bom pertencer ao Deus Pai de Amor.
"... mas sim o Espírito de Deus, que os adotou como seus próprios filhos. Agora nós o chamamos 'Aba, Pai'". (Romanos 8:15)



 



segunda-feira, 25 de maio de 2020

Comunidades do orkut

A quarentena tem resgatado memórias. A nostalgia tem rolado solta nesse período de #FiqueEmCasa. Hoje, eu quero recordar as comunidades que tive no orkut (aquela rede social tão nova quanto fascinante para a galera que descobriu o mundo social/virtual em meados dos anos 2000).
Pelo que lembro entrei no orkut em 2005 (a gente só entrava depois de receber convite de alguém que queria ser nosso amigo). Depois de inserida nessa teia virtualmente social, comecei a participar das comunidades (grupos que me representavam).
É sobre as comunidades que eu fazia parte que quero escrever. Claro que não escreverei sobre todas, mas algumas já faziam parte de mim, de forma inconsciente, antes do orkut. Então, escreverei sobre as mais memoráveis e icônicas para mim. 

- Minha bagunça é organizada: entrei nessa comunidade porque eu queria tudo na minha vida organizado, mas na verdade eu arrumava as coisas de acordo com a necessidade do momento. Tudo tinha seu lugar, mas só eu achava o lugar kkkkkkkkkk Então, minha bagunça é organizada.

- Depois que passa a gente ri: entrei nessa comunidade porque eu disse essa frase bem antes da época do Orkut existir. Certa vez, minha prima e eu fomos assaltadas num ponto de ônibus. O ladrão levou nossos passes (é o mesmo que bilhete de ônibus, mas quando esse episódio ocorreu a gente usava passe de papel), ele também levou quase todas as moedas. Logo depois do assalto, o ônibus passou e quando a gente entrou no ônibus e começou a relembrar o que tinha acabado de acontecer a gente teve uma crise de riso. Até hoje a gente ri muito de tudo isso! É... depois que passa a gente ri.

- Tá ruim?!? Calma que depois piora: Ah, são tantas experiências que me fizeram entrar nessa comunidade. Eis algumas: as notas baixas na facul... eu recebia uma, depois vinha outra e lá ia eu fazer os exames das disciplinas pendentes; bronca de chefe... começava no período da manhã, na parte da tarde quem nem era do meu departamento estava me dando ordens também; quando eu ia trabalhar em dia de chuva não bastava o guarda-chuva quebrar com o vento, eu sempre pisava na poça d'água e ficava com o pé encharcado e quando isso não acontecia sempre tinha um motorista camarada (sou educada e irônica na mesma medida) que dava um banho em mim com as poças formadas dos buracos no asfalto. 

-Não é tapioca é biju: Em 2005, com meus 20 anos de idade, no mais alto grau da minha sapiência culinária nordestina, me sentia na obrigação de declarar que o povo nordestino chama tapioca de biju. Então, porque não manter biju?!? (eu queria ter tempo para continuar investindo meu tempo nessas discussões hehe). Hoje, pouco me importa se é biju, tapioca, crepioca... o importante é ter um polvilho misturado que resulta numa liga única, textura incomparável e sabor indescritível que só o BIJU/TAPIOCA tem. 
Uma curiosidade: por eu ter muitas comunidades ligadas ao nordeste, já perguntaram para mim se eu era nordestina. Eu nasci e cresci em São Paulo, terra da garoa, mas por ser filha de nordestina tenho o maior apreço pelo nordeste brasileiro.

- Edu Guedes, cozinha pra mim?: Meuuuuuu, não preciso escrever. Eu achava o Edu Guedes lindo e queria literalmente que ele fosse meu cozinheiro. 

- Eu odeio acordar cedo: Essa comunidade era muito bem frequentada. Eu não gosto de acordar cedo, mas até hoje argumento comigo mesma "na vida a gente não faz tudo o que gosta, querida", então... bora acordar cedo e acordar agradecendo porque é sinal que eu estou viva!!!!!!!


domingo, 17 de maio de 2020

Habacuque

Habacuque é um livro que compõe a Bíblia Sagrada. Li o livro de Habacuque com o auxílio do Comentário Bíblico Popular em janeiro de 2018. A seguir estão as minhas anotações:

Habacuque era patriota. Tinha empatia, pois sentia o peso dos atos maldosos e se angustiava por saber que a colheita das ações errantes viriam.
O nome de Habacuque pode significar: "abraço" ou "luta".
O livro resume-se na obra de vida de conduta cristã, que é: louvar a Deus, independentemente das circunstâncias.
O livro é um diálogo entre Deus e o profeta. Habacuque questiona Deus, porque o povo estava pecando e levando "vantagens", ou seja, estavam tranquilos. Deus responde dizendo que eles seriam destruídos por uma nação inimiga. Habacuque fica perplexo e intrigado com a "solução" divina, uma vez que os caldeus/babilônios eram exponencialmente piores. Então, Deus diz que chegaria o momento deles prestarem conta por cada ação contrária e por confiar em si mesmos. A partir desse ponto, Habacuque louva a Deus, reconhece sua soberania e faz um cântico único. Habacuque louva de todo o íntimo em TODAS as situações.
Eu tive um grande aprendizado com a leitura de Habacuque.
Que confiança!
Que intimidade!
Que minha vida reflita louvor ao Senhor!

sábado, 16 de maio de 2020

A sutil arte de ligar o foda-se

O livro "A sutil arte de ligar o foda-se" do autor Mark Manson é para mim uma autoajuda recheada de palavrões. 
Achei interessante a Lei do Esforço Invertido que consiste em não fugir do real. "Se buscar o positivo gera o negativo, então buscar o negativo gera o positivo".
A mensagem é sobre saber administrar os dilemas da existência que são tratados como PROBLEMAS. 
O livro aborda o propósito das coisas. Ao ler, lembrei-me do livro "A dádiva da dor" quando o autor se refere à dor de bater o dedinho do pé num móvel.
As abordagens são simplistas. Há espaços para falar do livro de Eclesiastes e Provérbios. Como há!
O livro é o retrato da atual e gigantesca angústia que assola a humanidade, que cria e deposita suas expectativas em ações humanas, ou seja, em si mesmo. É o vazio humano, a insuficiência.
O mantra "Você é especial" cria pessoas arrogantes.

As anotações acima foram escritas na época que li o livro (março/2019). 

terça-feira, 12 de maio de 2020

LIBRAS

Algumas pessoas não passam pela nossa vida, elas ficam. Mesmo quando a pessoa não está presente, ela permanece. 
Minha história com a Libras nasceu do seguinte contexto: 
Na igreja que eu frequentava, uma criança nasceu com a missão de ensinar que nossas mãos falam, uma criança que por muito tempo eu tive o privilégio de conviver e aprender a me comunicar. Uma criança que meu deu um sinal e pelo qual hoje eu sou conhecida na comunidade surda. 
A mãe dessa criança é digna de toda admiração. Mulher guerreira que tem a missão de preparar o caminho do filho para a própria missão. Quanta garra! Foi a dedicação dessa mãe que fez muitas crianças ouvintes conhecerem o universo do surdo. 
A entrega da mãe do Pedrinho permanece mesmo sem estar presente no meu dia a dia, pois até hoje em todos as aulas (seja na igreja ou na escola) eu ensino sinais, eu falo sobre Libras. 

Hoje, no módulo de Libras da pós-graduação em Educação Inclusiva, eu apresentei uma fábula. Se eu me lembrei do Pedrinho e de sua mãe? ... SIM ou COM CERTEZA?!? (não preciso nem responder)

Eis o resultado da fábula. Não colocarei o título e pedirei para você, se quiser e puder, escrever no comentário que fábula é essa.

segunda-feira, 11 de maio de 2020

Dia das mães

Vamos falar de Ana, de Sara, de Rebeca, de Raquel, de Isabel, da Miriam e de tantas outras mulheres que sofreram e sofrem por ter seus sonhos adiados. O sonho adiado provoca choro, lamento, tristeza, pesar, medo, desespero.

Há uma Palavra de luz e esperança para cada sonho adiado.

A espera me lembra uma ferida que precisa ser cicatrizada. Cada estilo de espera se refere a um tratamento da ferida. No meu caso, tenho passado pomada que é a Palavra de Vida. Mas, há fatores incontroláveis, como a poeira, que sorrateiramente afeta a ferida em tratamento e exige cuidado redobrado. A poeira na ferida da espera é a indiferença, pois todos olham a ferida, sentem o cheiro fedido da ferida, se espantam com a ferida, mas ignoram a ferida. Poucos ajudam a tratar com a Palavra. Chavões não faltam, são aleatórios, não produzem resultados. Hoje, eu preciso parar, avaliar minha ferida e passar muita, muita pomada. 

O Dia das Mães é uma data para parabenizar as mamães que seguram seus bebês nos braços e no ventre e uma oportunidade para orar pelas mulheres que levam seus filhos no coração e nos sonhos. 

Lembrarei de Ana, de Sara, de Rebeca, de Raquel e de Isabel.

A Miriam terá sua ferida sarada, pois aquele que fez a ferida, a sarará.



quarta-feira, 6 de maio de 2020

Calma! um dia de cada vez.



Eu gosto de guardar os "mimos" que recebo. Então, há alguns anos eu comprei um caderno de desenho e comecei a colar todos os mimos (recadinhos e desenhos que ganho de alunos e amigos). De vez em quando, eu revisito esse caderno. Folheá-lo me faz muito bem!
Hoje, o caderno das minhas recordações fez meu olhar brilhar, meu coração se acalmar e minha mente planejar.

domingo, 3 de maio de 2020

Aprendendo a viver como Jesus - FIDELIDADE, MANSIDÃO, DOMÍNIO PRÓPRIO

O livro aborda o fruto do Espírito, dedicando cada capítulo a uma minuciosa análise. Há perguntas sobre o fruto no final de cada capítulo.
A seguir descrevo, em linhas gerais, o que escrevi sobre cada capítulo.
FIDELIDADE
Há uma personagem na narrativa bíblica que não tem seu nome revelado, mas é uma menina que expressou sua fidelidade. Refiro-me à menina que foi levada como escrava para a casa de Naamã. A menina, mesmo distante de sua terra natal, não se esqueceu de quem ela era. Sua identidade expressou fidelidade ao Senhor e através de seu testemunho o nome de Jeová se fez notório.
O Senhor Deus é fiel, pois ele cumpre sua palavra. Vale a pena esmiuçar em oração o trecho de Jeremias 33:3 "Clama a mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes.
A fidelidade ao Senhor reflete na fidelidade em nossos relacionamentos. Acredito que a fidelidade começa na mente e no coração e conseguinte passa aos nossos atos.
Existe tentação para não exercer a fidelidade, desde pensamentos mesquinhos até a trapacear sem ser notado. Para não ser tragado pelo engodo da infidelidade é preciso recorrer a Cristo, sabendo quem sou eu nEle e reforçando que pertenço a Ele.
MANSIDÃO
Jesus expressou mansidão nos diálogos com os fariseus e escribas. 
Às vezes, eu não demonstro mansidão porque não quero transparecer que sou "trouxa". Eu sempre sofro depois com isso, pois o Espírito Santo me conscientiza de minha falha. Infelizmente, confundimos mansidão com aprovação, e na tentativa de valer nossa opinião acabamos agindo com altivez, deixando de lado a mansidão.
A mansidão não se restringe a um local, a um grupo de pessoas ou a um tempo da vida. A mansidão é para todos, em todos os lugares e em todas as fases da vida. Para exercer a mansidão é preciso pensar antes de falar. Então, uma estratégia é abrir mão de "ter sempre a razão", é não querer fazer as coisas por si. É confiar. É praticar o que mais importa: agradar a Deus.
DOMÍNIO PRÓPRIO
A falta de domínio próprio é uma constante. Falta domínio no falar, no comer, no julgar, etc e tal. Parece ser tão natural não ter domínio que fazemos piadas e brincadeiras com a falta de domínio próprio. Esquecemo-nos dos vícios que são gerados pela falta do domínio próprio.
Eu preciso ter mais domínio das minhas emoções e do meu tempo. Para melhorar o cultivo do fruto do Espírito em mim, eu dedicarei mais tempo na leitura e meditação da Palavra (isso eu já tenho feito). Mas, sei que preciso orar/conversar mais com Deus. A cada dia quero exercitar o que está escrito em Tito 2:2-8:  "Ensine os homens mais velhos a serem sóbrios, dignos de respeito, sensatos, e sadios na fé, no amor e na perseverança. Semelhantemente, ensine as mulheres mais velhas a serem reverente na sua maneira de viver, a não serem caluniadoras nem escravizadas a muito vinho, mas a serem capazes de ensinar o que é bom. Assim, poderão orientar as mulheres mais jovens a amarem seus maridos e seus filhos, a serem prudentes e puras, a estarem ocupadas em casa, e a serem bondosas e sujeitas a seus próprios maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja difamada. Da mesma maneira, encoraje os jovens a serem prudentes. Em tudo seja você mesmo um exemplo para eles, fazendo boas obras. Em seu ensino, mostre integridade e seriedade; use linguagem sadia, contra a qual nada se possa dizer, para que aqueles que se lhe opõem fiquem envergonhados por não terem nada de mal para dizer a nosso respeito".

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Aprendendo a viver como Jesus - PACIÊNCIA, AMABILIDADE, BONDADE

O livro aborda o fruto do Espírito, dedicando cada capítulo a uma minuciosa análise. Há perguntas sobre o fruto no final de cada capítulo.
A seguir descrevo, em linhas gerais, o que escrevi sobre cada capítulo.
PACIÊNCIA
Deus tem sido paciente comigo, pois em alguns momentos da minha caminhada cristã eu dou umas derrapadas com minha incredulidade.
As pessoas que convivem comigo têm sido pacientes, principalmente meu marido, pois ele sempre ouve antes de falar.
Eu, geralmente, sou mais impaciente quando quero acelerar as coisas. Eu já me imaginei como no filme "Click', adiantando algumas cenas da vida (como se isso fosse a solução, pura ilusão!). Então, nesses momentos de querer acelerar o processo, eu começo a cantar. Eu canto músicas que me acalmam e também ouço pregações de pessoas que admiro, como: Luciano Subirá, Tiago Dutra, Hernandes Dias Lopes, Pr. Jeremias, entre outros.
Quando eu ofendo alguém com minha impaciência, eu volto e peço perdão.
Eu vejo paciência na vida da Rebeca Nemer e de seu esposo Paulo César Baruk. Também vejo paciência na vida das minhas amigas missionárias que estão na Jordânia.
Na Bíblia, há muitas pessoas que demonstraram paciência. Se eu fosse discorrer um sermão sobre o assunto, eu escolheria: Jó e José.
AMABILIDADE
Eu experimentei a amável bondade de Deus quando minha mãe me amou quando eu não esperava seu amor, porque nem eu estava me amando tanto. Eu senti o amor de Deus através do amor sem julgamento de minha mãe. A partir dessa experiência é como se um dispositivo tivesse sido acionado para eu amar sem julgar.
A amabilidade como fruto do Espírito é diferente de simplesmente "ser gentil". Gentileza é admirável, mas restringe-se a ser gentil para receber gentileza de volta - como uma moeda de troca. A amabilidade é uma doação, para quem não merece e nada tem a oferecer.
Para incentivar a amabilidade, eu apresentaria a história de Rute, de José, de Dorcas, de Paulo, entre outros.
BONDADE
Barnabé era um "homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé". Iguais a ele, na Bíblia, eu vejo  Calebe e Josué. Esses homens, Josué e Calebe, foram enviados como espias para Canaã. Eles eram tementes a Deus e ao transmitir o registro feito sobre sua missão, eles falaram cheios de confiança no Eterno e se esforçaram para animar o povo de Israel em relação à promessa de Deus.
O maior exemplo de bondade que vejo ao meu redor é do meu pai e do meu marido, pois sei que em algumas situações eles fizeram o que era certo, mesmo em meio a dificuldade e pagando um alto preço por isso.
Nós não somos salvos por nossas boas obras - bondade. A salvação é algo presenteado por Deus; "pela graça somos salvos e isso não vem de nós, é dom de Deus". O sacrifício de Jesus, como o Cordeiro de Deus, nos salvou. E, ao crermos e confessarmos esse ato de amor, somos salvos.
O livro de Tiago fala sobre a fé e as obras. As boas obras são consequências da fé que temos em Deus.

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Aprendendo a viver como Jesus - AMOR, ALEGRIA, PAZ

O livro aborda o fruto do Espírito, dedicando cada capítulo a uma minuciosa análise. Há perguntas sobre o fruto no final de cada capítulo.
A seguir descrevo, em linhas gerais, o que escrevi sobre cada capítulo.
AMOR
Para ilustrar o amor eu me recordo da história de Rute e Noemi.
No atual contexto cultural eu posso ver o poder do amor através de membros de denominações distintas que se unem para promover o Reino de Deus.
Se um dia eu fosse falar sobre o Amor, eu desejaria que todos identificassem o amor em mim. Minhas palavras seriam apenas o compartilhar de experiências já vividas em comunidade.
Para mim, o sinal da presença do Amor é a esperança, um sopro de ar fresco em meio ao caos sufocante. E, o sinal da ausência do Amor é o medo e consequentemente o desespero e a vontade de jogar tudo para o alto e sumir.
ALEGRIA
No Brasil, a alegria está muito associada ao Carnaval. Por ser uma festa que exalta as obras da carne, o cristão deve se abster dessa festividade.
Pela liberdade que temos no Brasil, eu considero a data de aniversário como uma ótima oportunidade para celebrar a vida com todos que me cercam, e claro com o Autor da Vida! Na minha casa, as festas de aniversário são ocasiões para o Reino de Deus se manifestar em nós e através de nós.
Eu acho que a alegria do Espírito não está associada às circunstâncias da vida.
Um grande exemplo de uma pessoa que sofreu horrores e permaneceu alegre com Jesus é o autor da canção "Sou feliz com Jesus". Horatio Gates Spafford escreveu a letra da música após a morte de suas 4 filhas num naufrágio. Imagino a dor irreparável desse homem, que foi tocado pelo Espírito sobre a brevidade da vida e ao mesmo tempo sobre a razão da verdadeira alegria.
Eu oro para ter a alegria do Espírito em mim durante a espera por meus filhos.
PAZ
A paz é referência na vida de Daniel, que levado como escravo demonstrou paz em meio a tanto caos.
Eu me lembro de uma ocasião em que meu pai promoveu a paz no trânsito, eu senti Deus na atitude do meu pai, em "oferecer a outra face".
A minha vida demonstra paz como fruto do Espírito quando eu mantenho a calma mesmo diante das pressões. Isso não é fácil.

#miesperanca
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#amor
#alegria
#paz


quinta-feira, 30 de abril de 2020

Mentes perigosas

O interesse pelo livro "Mentes perigosas - o psicopata mora ao lado" surgiu depois que ei assisti à entrevista da autora Ana Beatriz Barbosa Silva no programa The Noite, do Danilo Gentili. 
Eu sempre fui curiosa em analisar o comportamento humano, então a leitura foi prazerosa. 
Eu li o livro em agosto de 2019 e seguem algumas anotações feitas por mim durante a leitura.

"ESTAR consciente é fazer uso da razão ou da capacidade de raciocinar e de processar os fatos que vivenciamos".
"SER consciente não é um estado momentâneo em nossa existência. Ser consciente refere-se à nossa maneira de existir no mundo. Está relacionado à forma como conduzimos nossas vidas e, especialmente, às ligações emocionais que estabelecemos com as pessoas e as coisas no nosso dia a dia. Ser dotado de consciência é ser capaz de amar!"

Parafraseando:
Eu tenho consciência que a minha  profissão será/é um canal por onde emoções muito boas transitam por toda a vida!

"O mundo é um lugar perigoso para se viver, não exatamente por causa das pessoas que são más, mas por causa das pessoas que não fazem nada quanto a isso". (Einsten)

"Antes de julgar alguém, calce suas sandálias e ande uma milha". (provérbio americano)

Por fim, fiz um teste na internet no proprofs.com - Você é psicopata?
O resultado foi...
...
Nada encontrado, é confiável.
Pelo que pesquisei eu sou: População Geral.

Agora, sejamos sinceros: caso o resultado fosse outro, eu não o divulgaria (hehehe)

Mais do que nunca eu faço parte do povão!!!!!!!!

#miesperanca
#mentesperigosas




terça-feira, 28 de abril de 2020

Em busca de sentido

No final de 2016, tive que virar a página de algumas situações da vida e prosseguir no cenário que me era apresentado. Nesse tempo, meu irmão de coração Wesley apresentou-me o livro "Em busca de sentido" de Victor Frankl. Eu li o livro em poucos dias e fiz algumas anotações...
Não é um livro superficial. Há conselhos práticos para aqueles que estão buscando sentido no sofrimento/na vida.
O livro traz um relato singular de como Victor sobreviveu aos campos de concentração que ele passou.
Tudo que li no livro me fez repensar sobre a forma como eu encaro a vida, mas não é uma reflexão que será passageira. Acredito que sempre lembrarei dessa leitura, ela tem sustância. É uma leitura que me levou à profundidade da alma e da existência humana.
Fui apresentada à Logoterapia. Dei uma pesquisada sobre o assunto e deixei de escanteio por um tempo. Com o uso mais frequente do Instagram eu comecei a seguir @logoterapiabr e a partir das postagens fui conectando o que faço com os conceitos da Logoterapia.

Nesse período de quarentena, com o intuito de não pifar mentalmente, eu comecei a estudar pra valer a Logoterapia. Algo bom dessa quarentena é a gente sondar nossa mente, nosso coração e nessa sondagem perceber que há ajustes a serem feitos e que bom que temos ferramentas a nosso dispor para fazer os ajustes. Esse é o movimento da vida! A quarentena nos deixa em casa, mas não pode nos parar... a gente continua produzindo e que sejam boas produções!
Então, graças à quarentena, há mais material disponível gratuitamente. Que bom!

Voltando às anotações que fiz em 2016:
Frases/citações do livro "Em busca de sentido"

"Quem não perde a cabeça com certas coisas é porque não tem cabeça para perder" (Gottold Ephraim Lessing)

"Temo somente uma coisa: não ser digno do meu tormento" (Dostoievsky - desafio qlqr pessoa a soletrar esse nome sem errar hehe)

"A emoção que é sofrimento deixa de ser sofrimento no momento em que dela formamos uma ideia clara e nítida" (Espinoza)

"Quem tem por que viver aguenta quase todo como" (Nietzsche - outro desafio do soletrando hehe)

Nem todo conflito é necessariamente neurótico; certa dose de conflito é normal e sadia.

Precisamos aprender e também ensinar às pessoas em desespero que a rigor nunca e jamais importa o que nós ainda temos a esperar da vida, mas sim, exclusivamente o que a vida espera de nós.

Porque o mundo está numa situação ruim. Porém, tudo vai piorar ainda mais se cada um de nós não fizer o melhor que puder.

#miesperanca
#logoterapia
#embuscadesentido

domingo, 26 de abril de 2020

Enquanto a chuva cai

Era um sábado. O ano era 2013. Dia festivo. Dia de casamento de um casal querido. Meu marido e eu estávamos arrumados, prontos para celebrar esse momento tão lindo na vida de um casal apaixonado.  O casamento era numa chácara. Estávamos lá. Logo após a cerimônia religiosa o céu escureceu. De repente a chuva torrencial começou a cair. Meu marido e eu decidimos se abrigar no carro até tudo passar e depois voltaríamos para a festa. Era a nossa intenção. A chuva não passava. Eu comecei a reclamar. Eu estava faminta. Não tinha como voltar à festa sem antes deixar metade da perna na lama que tinha se formado ao redor do carro. Não tinha como ir embora, pois havia carros impedindo nossa saída. Eu comecei a reclamar mais ainda. Então, eu pensei que teria que fazer alguma coisa para desviar meu foco da fome. Comecei a cantar, e incrivelmente lembrei-me de uma música que minha mãe cantava quando eu era criança. Funcionou. Eu dei foi muita risada. Eu quis gravar para me distrair e pra deixar registrado que nem tudo sai como planejado. E, também para não me esquecer de que antes de entrar num carro para se livrar de uma chuva, é preciso certificar-se de que a barriga está cheia:)
Foi difícil encontrar um título para o meu texto, mas aproveito para comparar a chuva à quarentena. Enquanto estamos enfurnados em casa, precisamos treinar a mente e o coração a se desviarem daquilo que nos faz perder o bom senso, o bom humor e a esperança. Haverá deslizes, não se engane, somos humanos. Contudo, esforce-se a viver melhor enquanto a "chuva" cai. 

sexta-feira, 10 de abril de 2020

Tempo de ficar em casa

Atualmente, o título de minha postagem é assunto recorrente de conversas.
Conversas que ocorrem pela internet com amigos e também com desconhecidos.
Conversas que ouvimos pelos podcasts, pelo youtube, pela TV, pelo whatsApp.
Conversas que temos com a pessoa que compartilha o mesmo teto.
Conversas que mantemos com o nosso "eu".
Esse tempo de ficar em casa tem sido um tempo de muitas emoções. Emoções que provocam reflexões profundas sobre "quem sou eu" quando eu preciso ficar enclausurada sem perspectivas de melhoria?
Não escrevo isso para declarar meu pessimismo, escrevo para mostrar a realidade que enxergo no que me cerca. E, ao final do meu texto, você, caro leitor, perceberá que posso ser considerada "otimista".
Hoje em dia, eu vejo a humanidade desesperada com medo do presente e do futuro. A mesma humanidade expressa saudosismo de um passado recente, que não era tão bom há pouco tempo, mas que se tornou o "melhor mundo" quando comparado ao cenário futurista.
Eu vejo um povo que fala tanto de fé, mas que nega o próprio discurso, uma que vez que sua tão declarada "fé" é colocada à prova.
Um povo que se diz pertencer ao Regente do Universo, se vê à mercê do medo.
Pergunto-me, até quando entenderemos que simpatia não resgata miseráveis? Nosso estado de miséria só recebe o devido resgate quando confrontamos nosso interior e arrancamos a máscara que encobre a hipocrisia das palavras.
Acima, tratei do que vejo e que pode ser considerado como algo visto pela ótica de uma pessimista/realista.
Agora, veja minha ótica otimista, afinal o nome do meu blog é MIESPERANÇA, porque esperança é minha palavra favorita da língua portuguesa e por outros motivos que você só descobrirá se ler as outras postagens (desde já, desejo uma ótima leitura a você!).
Nesses dias de confinamento mundial, vejo pessoas que estão olhando para si mesmas, não como objeto de seu egocentrismo, mas como um gatilho para se conhecer e repaginar o sentido da existência humana. Além disso, muitos têm desfrutado de mais tempo com a família e provavelmente muitos têm concluído que precisam de mais tempo de qualidade com os seus. (como sonhadora que sou, espero que seja tempo de comunhão, reconciliação).
Vejo pessoas que se desdobram em busca de auxílio espiritual, não por medo do futuro ou do presente em relação ao corona vírus, mas pelo simples reconhecimento que "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro presente na hora da tribulação". Afinal, independentemente de uma pandemia, todos nós temos nossas mazelas, e todos nós atravessamos em algum momento por tribulações. Em todo tempo a gente não pode se esquecer de que Deus é soberano.
Vejo pessoas, que outrora discursavam lindamente, terem a oportunidade de vivenciar suas falas e trazer autoridade e ousadia às suas pregações.
Vejo pessoas exercendo o bom-humor mesmo diante de incertezas.
Antes de finalizar esse texto, deixo uma pergunta: Qual é a certeza que temos?
Quero levá-lo a refletir que algumas coisas não mudaram...
Nunca tivemos e nunca teremos a certeza de quantos dias viveremos no planeta Terra.
Para mim, em relação à saúde e à economia não haverá melhoria.
Ainda assim, considero-me esperançosa porque a morte não deteve a VIDA!
Minha perspectiva está alinhada à data de hoje (10/04/2020 - sexta-feira santa).
É tempo de pensarmos em VIDA! de nos mantermos vivos... é tempo de ficar em casa.


sábado, 21 de março de 2020

Eu sou assinante de uma revista

Eu gosto de ler. Eu seleciono o que vou ler. Eu sou assinante da Revista Ultimato.
Conheci a Ultimato por intermédio do meu pai. Para mim, há décadas, essa revista é a melhor literatura cristã periódica.
As edições são bimestrais e a cada leitura aprendo muito... sou confrontada, informada e motivada a viver a fé cristã.
Na edição de março/abril (2020), me certifiquei que a injustiça cria a desigualdade.
Nunca posso esquecer que o reino de Deus é justiça e paz.



quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Obsoleto e vintage... será?!?


Estou me desfazendo de todos os DVDs que restaram. Não há espaço para objetos que não uso. Não tenho mais aparelho de DVD. Poderia assistir aos filmes no computador? Sim, mas já assisti a todos e guardo memórias de todos.
Estou me desapegando de coisas que são valiosas pra mim - cada DVD tem sua história. Ao vê-los, lembro-me do momento da compra (quase todos comprados  nas Lojas Americanas); da motivação para comprar e o impacto que cada um me causou depois da exibição. 
Sempre que me desfaço de algo valioso para mim, eu penso:
- Será que vou sentir falta depois? 
Ao mesmo tempo respondo que se eu não usei em 1 ano, não usarei mais. E, se um dia bem distante eu precisar, eu darei um jeito e providenciarei.

Eu tenho a sensação de que um dia eu vou querer ter esses DVDs comigo, mesmo sendo obsoleto, eles serão  vintage. Penso assim porque ao "passá-los adiante" eu me recordo da máquina de escrever, dos vini
s do meu pai, da vitrola de casa e da máquina de costura da minha mãe. Todos esses itens que mencionei um dia se tornaram "peso morto". No entanto, tem muita gente pagando grana alta para tê-los apenas como item de decoração ou para reforçar uma memória afetiva.
Por enquanto (espero que continue assim), eu vou dar "tchau" sem peso na consciência. Preciso de espaço e quero praticar o minimalismo também.
(Sobre o minimalismo eu escrevo outra hora).

Sejam úteis, queridos filmes inesquecíveis pra mim! Marquem outras almas, construam novas histórias!

#miesperanca 
#desapego
#dejavu