domingo, 28 de junho de 2020

O diário de Anne Frank

O diário de Anne Frank é arrebatador. É uma leitura que me transporta ao caos da guerra e ao mesmo tempo me faz indagações que exigem respostas complexas. 
Quem diria que o diário de uma adolescente causaria tanta reflexão?
Infelizmente, muitos descartam a contribuição dos adolescentes e com isso perdem a originalidade de uma visão pueril, profunda e instigadora sobre a vida. 
O adolescente é um ser humano que está em sua fase mais encantadora e terrível. Imagino, como deve ter sido para a Anne viver escondida e relutar consigo mesma em busca de expectativas diante das mazelas da existência humana.
Apesar de ser um diário de uma menina, o livro desperta em mim outros olhares, como o do pai, o da mãe e de todos os demais que estavam escondidos no "anexo secreto". Isso acontece porque o diário é realista em descrever todas as situações e as pessoas envolvidas.
Atualmente, estou relendo o livro e como adulta pergunto-me "como é para um pai comemorar o aniversário de sua filha, enquanto todos perseguem sua família?"
Há graça no livro da Anne, pois é possível ver esse próprio pai sendo capaz de presentear sua filha com um poema escrito por ele. 
Esse mesmo pai foi um sobrevivente da guerra. Ele encontrou "Kitty" - o diário de sua filha - e decidiu torná-lo público.
Quanta lição para todos nós, principalmente durante esse tempo em que estamos distantes fisicamente por causa do vírus Corona.
Há graça em todo tempo, basta a gente querer vivê-la. 
Minha frase preferida do livro continua sendo "O papel é mais paciente do que as pessoas".

#odiariodeannefrank

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