Uma borboleta para mim é o Espírito Santo bailando no ar e com seu jeito leve de preencher o espaço me manda silenciosamente a mensagem “eu estou aqui, você não está só”.
Não sei quando comecei a identificar as borboletas como
manifestação do Espírito Santo. Mas, sei que ao olhar pela janela e me deparar
com uma borboleta, eu sorrio. Em pensamento, eu afirmo o que sinto e agradeço.
Um dia desses, em tempos difíceis de isolamento social e
incertezas, eu assisti à lição da Escola Bíblica Dominical Infantil e a tia que
dava a aula propôs a tarefa para as crianças desenharem como elas “ouvem” a voz
de Deus. Muitas crianças se desenharam sonhando durante o sono, outras desenharam
um abraço. Eu, como uma crescida criança que sou, desenhei uma borboleta.
Naquele dia, poucas horas antes, enquanto eu lavava a louça,
eu apresentava a Deus os meus medos e a minha tristeza. Num relance, ao
levantar os olhos vi uma borboleta e me lembrei de que o Espírito Santo estava
ali. Meu coração se aqueceu, se aquietou, eu ouvi a voz de Deus. Reconheço que
ao lavar a louça sou privilegiada, pois tem um jardim à minha frente... é
previsível a presença de borboletas em meio ao verde.
Pois bem, recentemente, eu estava agoniada e muito cansada
em meio ao concreto que só tinha tijolos, poeira de cimento e caos de uma construção
inacabada. Nesse cenário, inesperadamente, uma borboleta apareceu e ficou ali
voando. Eu sorri. Parece loucura? Para alguns pode ser um delírio, para mim a
borboleta me lembrou de que o Espírito Santo está comigo sempre.
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