sexta-feira, 10 de abril de 2020

Tempo de ficar em casa

Atualmente, o título de minha postagem é assunto recorrente de conversas.
Conversas que ocorrem pela internet com amigos e também com desconhecidos.
Conversas que ouvimos pelos podcasts, pelo youtube, pela TV, pelo whatsApp.
Conversas que temos com a pessoa que compartilha o mesmo teto.
Conversas que mantemos com o nosso "eu".
Esse tempo de ficar em casa tem sido um tempo de muitas emoções. Emoções que provocam reflexões profundas sobre "quem sou eu" quando eu preciso ficar enclausurada sem perspectivas de melhoria?
Não escrevo isso para declarar meu pessimismo, escrevo para mostrar a realidade que enxergo no que me cerca. E, ao final do meu texto, você, caro leitor, perceberá que posso ser considerada "otimista".
Hoje em dia, eu vejo a humanidade desesperada com medo do presente e do futuro. A mesma humanidade expressa saudosismo de um passado recente, que não era tão bom há pouco tempo, mas que se tornou o "melhor mundo" quando comparado ao cenário futurista.
Eu vejo um povo que fala tanto de fé, mas que nega o próprio discurso, uma que vez que sua tão declarada "fé" é colocada à prova.
Um povo que se diz pertencer ao Regente do Universo, se vê à mercê do medo.
Pergunto-me, até quando entenderemos que simpatia não resgata miseráveis? Nosso estado de miséria só recebe o devido resgate quando confrontamos nosso interior e arrancamos a máscara que encobre a hipocrisia das palavras.
Acima, tratei do que vejo e que pode ser considerado como algo visto pela ótica de uma pessimista/realista.
Agora, veja minha ótica otimista, afinal o nome do meu blog é MIESPERANÇA, porque esperança é minha palavra favorita da língua portuguesa e por outros motivos que você só descobrirá se ler as outras postagens (desde já, desejo uma ótima leitura a você!).
Nesses dias de confinamento mundial, vejo pessoas que estão olhando para si mesmas, não como objeto de seu egocentrismo, mas como um gatilho para se conhecer e repaginar o sentido da existência humana. Além disso, muitos têm desfrutado de mais tempo com a família e provavelmente muitos têm concluído que precisam de mais tempo de qualidade com os seus. (como sonhadora que sou, espero que seja tempo de comunhão, reconciliação).
Vejo pessoas que se desdobram em busca de auxílio espiritual, não por medo do futuro ou do presente em relação ao corona vírus, mas pelo simples reconhecimento que "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro presente na hora da tribulação". Afinal, independentemente de uma pandemia, todos nós temos nossas mazelas, e todos nós atravessamos em algum momento por tribulações. Em todo tempo a gente não pode se esquecer de que Deus é soberano.
Vejo pessoas, que outrora discursavam lindamente, terem a oportunidade de vivenciar suas falas e trazer autoridade e ousadia às suas pregações.
Vejo pessoas exercendo o bom-humor mesmo diante de incertezas.
Antes de finalizar esse texto, deixo uma pergunta: Qual é a certeza que temos?
Quero levá-lo a refletir que algumas coisas não mudaram...
Nunca tivemos e nunca teremos a certeza de quantos dias viveremos no planeta Terra.
Para mim, em relação à saúde e à economia não haverá melhoria.
Ainda assim, considero-me esperançosa porque a morte não deteve a VIDA!
Minha perspectiva está alinhada à data de hoje (10/04/2020 - sexta-feira santa).
É tempo de pensarmos em VIDA! de nos mantermos vivos... é tempo de ficar em casa.


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