quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Discurso da Malala nas Nações Unidas

 "Queridos irmãos e irmãs,
Lembrem-se de uma coisa: o Dia de Malala não é o meu dia.
Hoje é o dia de todas as mulheres, todos os meninos e todas as meninas que levantam a voz por seus direitos. Milhares de pessoas foram mortas por terroristas, e milhões ficaram feridas. Sou apenas uma delas.
Então aqui estou eu... uma menina entre tantas.
Falo não por mim, mas por todas as meninas e todos os meninos. 
Levanto a minha voz não para gritar, mas para que aqueles que não têm voz possam ser ouvidos.
Aqueles que lutam por seus direitos.
O direito de viver em paz.
O direito de ser tratado com dignidade.
O direito à igualdade de oportunidade.
O direito à educação.
No dia 9 de outubro de 2012, fui baleada pelo Talibã na têmpora esquerda. Eles atiraram em minhas amigas também. Acharam que as balas nos silenciariam. Mas falharam. E então, daquele silêncio, surgiram milhares de vozes. Os terroristas acharam que mudariam nossos objetivos e impediriam nossas ambições, mas nada mudou em minha vida além disto: a fraqueza, o medo e a desesperança morreram. A força, o poder e a coragem nasceram. Sou a mesma Malala. Minhas ambições são as mesmas. Minhas esperanças são as mesmas. Meus sonhos são os mesmos.
Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo."