segunda-feira, 25 de maio de 2020

Comunidades do orkut

A quarentena tem resgatado memórias. A nostalgia tem rolado solta nesse período de #FiqueEmCasa. Hoje, eu quero recordar as comunidades que tive no orkut (aquela rede social tão nova quanto fascinante para a galera que descobriu o mundo social/virtual em meados dos anos 2000).
Pelo que lembro entrei no orkut em 2005 (a gente só entrava depois de receber convite de alguém que queria ser nosso amigo). Depois de inserida nessa teia virtualmente social, comecei a participar das comunidades (grupos que me representavam).
É sobre as comunidades que eu fazia parte que quero escrever. Claro que não escreverei sobre todas, mas algumas já faziam parte de mim, de forma inconsciente, antes do orkut. Então, escreverei sobre as mais memoráveis e icônicas para mim. 

- Minha bagunça é organizada: entrei nessa comunidade porque eu queria tudo na minha vida organizado, mas na verdade eu arrumava as coisas de acordo com a necessidade do momento. Tudo tinha seu lugar, mas só eu achava o lugar kkkkkkkkkk Então, minha bagunça é organizada.

- Depois que passa a gente ri: entrei nessa comunidade porque eu disse essa frase bem antes da época do Orkut existir. Certa vez, minha prima e eu fomos assaltadas num ponto de ônibus. O ladrão levou nossos passes (é o mesmo que bilhete de ônibus, mas quando esse episódio ocorreu a gente usava passe de papel), ele também levou quase todas as moedas. Logo depois do assalto, o ônibus passou e quando a gente entrou no ônibus e começou a relembrar o que tinha acabado de acontecer a gente teve uma crise de riso. Até hoje a gente ri muito de tudo isso! É... depois que passa a gente ri.

- Tá ruim?!? Calma que depois piora: Ah, são tantas experiências que me fizeram entrar nessa comunidade. Eis algumas: as notas baixas na facul... eu recebia uma, depois vinha outra e lá ia eu fazer os exames das disciplinas pendentes; bronca de chefe... começava no período da manhã, na parte da tarde quem nem era do meu departamento estava me dando ordens também; quando eu ia trabalhar em dia de chuva não bastava o guarda-chuva quebrar com o vento, eu sempre pisava na poça d'água e ficava com o pé encharcado e quando isso não acontecia sempre tinha um motorista camarada (sou educada e irônica na mesma medida) que dava um banho em mim com as poças formadas dos buracos no asfalto. 

-Não é tapioca é biju: Em 2005, com meus 20 anos de idade, no mais alto grau da minha sapiência culinária nordestina, me sentia na obrigação de declarar que o povo nordestino chama tapioca de biju. Então, porque não manter biju?!? (eu queria ter tempo para continuar investindo meu tempo nessas discussões hehe). Hoje, pouco me importa se é biju, tapioca, crepioca... o importante é ter um polvilho misturado que resulta numa liga única, textura incomparável e sabor indescritível que só o BIJU/TAPIOCA tem. 
Uma curiosidade: por eu ter muitas comunidades ligadas ao nordeste, já perguntaram para mim se eu era nordestina. Eu nasci e cresci em São Paulo, terra da garoa, mas por ser filha de nordestina tenho o maior apreço pelo nordeste brasileiro.

- Edu Guedes, cozinha pra mim?: Meuuuuuu, não preciso escrever. Eu achava o Edu Guedes lindo e queria literalmente que ele fosse meu cozinheiro. 

- Eu odeio acordar cedo: Essa comunidade era muito bem frequentada. Eu não gosto de acordar cedo, mas até hoje argumento comigo mesma "na vida a gente não faz tudo o que gosta, querida", então... bora acordar cedo e acordar agradecendo porque é sinal que eu estou viva!!!!!!!


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